quinta-feira, 29 de abril de 2010

Sobre o suicídio...

Foi só de uma parte de mim. Nunca faria isso de verdade. Mas matar uma parte mental ou emocional de vc mesmo, pode ser interessante.


Dedicado a V.R.

"Talvez, quando eu estiver velha e enrugada
encontre alguém que me deseje pelo que sou de verdade
e não pelo que aparento.
Mas até lá, ainda vou comer muita poeira de pessoas como você.
Fazia tempo que eu não passava uma noite em claro...
A culpa é minha, sei disso.
Mas amanhã, lá estou eu novamente, acreditando em você,
acreditando em coisas que só existem na minha cabeça.
É um defeito de fábrica, e parece não ter conserto.
Queria sentir o gosto.
Só uma vez pra saber como é.
O que será que a gente sente quando alguém olha lá no fundo,
vê como a gente é de verdade,
e deseja isso profundamente ?
Sabe, aquilo que você me disse, eu já ouvi outras vezes.
É que a gente sempre espera que vai ser diferente...
Agora eu não espero mais.
Por uma questão estatística, sou mais feliz quando estou só.
Deve ser coisa de engenheiro..."
29/04/10
Walkiria Eyre,
pela primeira vez, sem pseudônimos.

Sobre a imagem acima, foi retirada deste site, junto desta descrição:
"A catadora de lixo Judy da Silva Dias, há 79 anos vive do abandono. Ela foi abandonada quando nasceu. Anos mais tarde ela achou  que tinha encontrado a tal felicidade e foi abandona pelo marido. E agora, prestes a completar 80 anos ela foi abandonada pelos filhos. A vida dela apareceu nas páginas do jornal por causa de mais um abandono. Foi ela que, por força do destino ou de Deus, encontrou um recém-nascido em um saco de lixo. Heroísmo que deixa claro que ela não está invisível!  No meio da miséria ela ainda tem os cães e o gato companhia."

Quanta ironia encontrar essa imagem e esse texto logo depois de escrever o 'pseudo-poema' desse post.