quinta-feira, 22 de julho de 2010

Viver além da paixão

Dor e sofrimento são aliados de uma mulher. Ou inimigos...
Fazer dos inimigos... aliados.
Dons de mulher.

Amadurecer é cheio dessas coisas. Quase uma guerra...

Por um instante fechei os olhos e pude ver tão longe; vi além da paixão. Vi tudo que fiz para alcançar esse além. Sinto falta da paixão. Não importa mais... Segui meu caminho. Você não pôde ver minhas lágrimas simplesmente porque eu não olhei para trás, mas em minha alma eu olhava para você...

sigh. Do que eu estou falando? Sou tão menina ainda...

domingo, 4 de julho de 2010

Flores ao chão

Tentando praticar a redenção, meu olhar vago percebeu que a natureza se encarrega de purificar minha alma e preparar meu coração. E é a ela que dedico meus versos, minha paixão.

Flores ao chão

Ainda que as pétalas continuem a cair
Infindavelmente
Firme, enraizada, aguardo teu amor
Eternamente

Segura, sei que a beleza vai embora
Retorna
Já perdi esperanças e folhas, flores e amores
Inverno

E se mil vezes me der as costas
Não importa
Uma vez mais depois das mil, te abro a porta
Sorridente

Os ventos são persistentes
As pétalas suspiram ao chão
Aguardo paciente
É meu aguardar em vão?

Perfumar-me-ei com a dor e a tristeza
Vestir-me-ei de temperança
Cantarei no silêncio e na solidão
E quando chegares, amor
Derramarei lágrimas; e flores ao chão.

weo.


sexta-feira, 7 de maio de 2010

Nos degraus daquela escada

Addendum
Você disse que se enganou
Que me leu de forma errada
Enviou-me um pedido de desculpas
Eu respondi que não havia nada

Menti. Sofri.Chorei. Fui enganada.
Meu cabelo diferente, você não lembrou...
Meu sorriso de menina, você sequer notou.
Meu olhar distante, você nem me olhou...
Era com o copo e a garrafa que você falava

Pessoas falando alto 
                [meu coração gritava]
Risos, acenos, todos entorpecidos 
                [minha alma desesperada]
Mais uma bebida, por favor
                [queria fugir de onde estava]

Corri. Parei. Chorei. Nos degraus daquela escada.

Saí sem dizer uma palavra
Foi assim que me despedi
Sozinha, novamente, me senti...
Nos degraus daquela escada.

weo,
dedicado à sua honestidade.

sábado, 1 de maio de 2010

Canção Indiana

Dá pra perceber em outro blog meu que eu empolguei com o esquema indiano, né. A canção é linda e o vídeo também. Postei ele no Shekinah. Amei essa letra.

Eu sou uma escrava do seu encanto
Eu sou uma escrava do seu encanto

Eu sou uma escrava do seu encanto
Eu sou uma escrava do seu encanto
Eu sou uma escrava do seu encanto
Eu sou uma escrava do seu encanto

Seu amor para mim é como...
Seu amor para mim é como um punhal banhado em mel
Eu sou uma escrava do seu encanto
Seu olhar flamejante perfura-me como flechas
Onde aprendeste tal habilidade letal?
Meu coração está ferido
Mas é uma dor tão profunda...

Eu sou uma escrava do seu encanto
Eu sou uma escrava do seu encanto

Eu era um botão florecendo em um jardim de brilho solar
Não havia dias sem descanço nem noites sem dormir
Eu era inocente e sem preocupaçoes
E então eu conheci você
E que preço estou pagando por ter acreditado em você...

Seu amor para mim é como...
Seu amor para mim é como um punhal banhado em mel
Eu sou uma escrava do seu encanto
Seu olhar flamejante perfura-me como flechas
Onde aprendeste tal habilidade letal?
Meu coração está ferido
Mas é uma dor tão profunda...

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Sobre o suicídio...

Foi só de uma parte de mim. Nunca faria isso de verdade. Mas matar uma parte mental ou emocional de vc mesmo, pode ser interessante.


Dedicado a V.R.

"Talvez, quando eu estiver velha e enrugada
encontre alguém que me deseje pelo que sou de verdade
e não pelo que aparento.
Mas até lá, ainda vou comer muita poeira de pessoas como você.
Fazia tempo que eu não passava uma noite em claro...
A culpa é minha, sei disso.
Mas amanhã, lá estou eu novamente, acreditando em você,
acreditando em coisas que só existem na minha cabeça.
É um defeito de fábrica, e parece não ter conserto.
Queria sentir o gosto.
Só uma vez pra saber como é.
O que será que a gente sente quando alguém olha lá no fundo,
vê como a gente é de verdade,
e deseja isso profundamente ?
Sabe, aquilo que você me disse, eu já ouvi outras vezes.
É que a gente sempre espera que vai ser diferente...
Agora eu não espero mais.
Por uma questão estatística, sou mais feliz quando estou só.
Deve ser coisa de engenheiro..."
29/04/10
Walkiria Eyre,
pela primeira vez, sem pseudônimos.

Sobre a imagem acima, foi retirada deste site, junto desta descrição:
"A catadora de lixo Judy da Silva Dias, há 79 anos vive do abandono. Ela foi abandonada quando nasceu. Anos mais tarde ela achou  que tinha encontrado a tal felicidade e foi abandona pelo marido. E agora, prestes a completar 80 anos ela foi abandonada pelos filhos. A vida dela apareceu nas páginas do jornal por causa de mais um abandono. Foi ela que, por força do destino ou de Deus, encontrou um recém-nascido em um saco de lixo. Heroísmo que deixa claro que ela não está invisível!  No meio da miséria ela ainda tem os cães e o gato companhia."

Quanta ironia encontrar essa imagem e esse texto logo depois de escrever o 'pseudo-poema' desse post.

domingo, 7 de março de 2010

Recent Poem!

Depois de revirar túmulos, encontrei-me com os Deuses no Olympo e, não é que a conversa foi produtiva! Ainda que o assunto fosse bem outro - início do ano astrológico de Vênus -, é bem possível que minha inspiração tenha sido afetada de forma "literalmente" benéfica. Repentinamente, após longos meses (talvez anos, mal sei precisar) de poem writer´s block, eis que surge um verso, e depois outro, e outros mais...:

Mero Companheiro

Não é por acaso que te vejo
Não é por que me caso, que o desejo
Não é porque te quero, que persevero
Mas é porque me derrubas, que me ergo.

Não é porque perguntas, que te respondo
Não é porque me desnudas, que me oponho
Não é porque te levo, que te acompanho
E ainda que não seja tua, te dou o que ganho.

Mas é porque não me vês, que me desespero
É porque não me ouves, que te me nego
É porque só me queres, que não te quero
E não te vejo nem te respondo, e te desespero.

Cleópatra, a glória de seu pai.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Revirando túmulos

Eu sabia que se tivesse paciência, eu resolveria o problema. Desde o último post, do início do ano passado, uma fase de "limpeza à base de guerra" havia se instaurado no sistema. Qual sistema? Eu.

Eu estava cansada de tentar ajudar quem não me pede ajuda. E isso era estúpido e desgastante.

Mas agora que já matei o que me causava esse "stress", me sinto tão revigorada. Vou deixando que os mortos sepultem a si mesmos...

Me lembrei de 2 provérbios, que sendo úteis ou não, não saem da minha cabeça por algum motivo aglutinador estranho. O primeiro, dizem que é chinês e o conheço como: "a paciência sempre tem seu prêmio". O outro, na verdade eu não sei como é o provérbio em si, mas minha mãe falava ele em italiano, e também não tinha certeza como era nem onde ouvira. Logo, só sei do que se trata: "não corra atrás da borboleta, deixe ela pousar em você". Existem outras variações, mas é assim que eu o conheço.

Somos impelidos a tomar atitudes tão imediatistas... Quem pensa a longo prazo? quantos anos vc tem agora? vinte e poucos? trinta e tantos ? O que fez nessas décadas ?

Atitudes imediatistas. Essa profusão do egocentrismo, do individualismo. Nem posso me gabar de não gostar disso, tamanha a minha necessidade de impessoalidade.

Pelo menos eu gosto de conversar com os cachorros e com as plantas.